quarta-feira, 15 de junho de 2011

O papel dos profissionais de saúde em relação a família

          Ter um filho portador de espinha bífida, para a família, é um processo associado a sofrimento. Identificamos neste estudo, padrões de comportamento comuns em relação à sua vivência.
          A espinha bífida como condição crônica interfere no cotidiano da família e faz com que ela desenvolva estratégias dentro e fora do lar para o cuidado da criança. Assim, cuidar da criança com espinha bífida resulta em mudanças no interior da família, sobretudo para a mãe, pois na maioria das vezes é ela que assume a responsabilidade pelo cuidado do filho.
          Os profissionais de saúde não devem pautar suas preocupações somente nas crianças com espinha bífida, mas também em sua família, a qual é responsável pelo cuidado dessas crianças e necessitam manter sua saúde. Assim, o enfermeiro que cuida e interage com estas famílias necessita considerá-la como objeto de seu cuidado, de forma que, na compreensão do modo de ser dessa família, possa vislumbrar maneiras diferentes e individualizadas de prestar-lhe cuidados e assisti-la.
          Como a pessoa com espinha bífida requer tratamento e/ou acompanhamento ao longo de toda a sua vida, o que a caracteriza como uma condição crônica, cabe a equipe de saúde, em especial à enfermagem, intervir precocemente em cada um dos acontecimentos e complicações já esperados nessas pessoas, de modo a tornar a vida dessas crianças mais digna. Também a defesa dos direitos já alcançados e a sua ampliação devem ser uma bandeira defendida pelos profissionais de saúde em coparticipação com pessoas com espinha bífida e seus familiares.
          Diante das múltiplas repercussões na vida da pessoa com espinha bífida e sua família, bem como das complicações sistêmicas decorrentes, é imperativo o desenvolvimento de pesquisas que tenham por objetivo aprofundar não apenas os conhecimentos científicos sobre essa patologia, mas também a abordagem das múltiplas dimensões do viver com essa condição crônica, possibilitando a busca por soluções conjuntas que respondam às suas necessidades de vida e saúde.
 
O cuidado da criança com espinha bífida pela família no domicílio
 Enfermeira. Professora Doutora da Faculdade de Enfermagem- Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT. Brasil. E-mail: mamgaiva@yahoo.com.br,
II Acadêmico de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT. Bolsista de Iniciação Científica /CNPq. Brasil. E-mail:
adilaqueiroz@yahoo.com.br
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III Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT. Bolsista de Iniciação Cientifica /CNPq. Brasil. E-mail:
bilamt@hotmail.com

Um comentário:

  1. Marcelo foi ótimo você criar esse blog para ajudar as pessoas que necessitam de ajuda para solicitar e revindicar seus direitos. Existem ainda muitas pessoas que não conhecem seus direitos em relação a ajuda que o governo disponibiliza, boa sorte com o blog e se permaneça sempre assim ligado nas necessidades do outro, mais uma vez boa sorte.

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